
O alecrim (Rosmarinus officinalis) é nativo da América do Sul e da região mediterrânea. Faz parte da família de plantas Lamiaceae, junto com hortelã, orégano, erva-cidreira e manjericão. O seu nome botânico, “Rosmarinus”, significa literalmente “orvalho do mar”, que se pensa ser derivado da antiga lenda de que onde quer que se ouça o mar, cresce o alecrim.
Na história do Alecrim já o conheciam como a “erva da lembrança”, na Grécia, por exemplo, costumava-se usar grinaldas de alecrim na testa para estimular a memória dos estudantes nas épocas de exames, também utilizavam o alecrim em santuários e, junto com os romanos, consideravam-no um símbolo de lembrança e lealdade. Utilizaram na idade média para proteger contra a peste e outras doenças infecciosas. E hoje em dia o alecrim é uma erva com muitos usos culinários quanto aromáticos, além de aplicações na medicina tradicional à base de ervas e na ayurveda.
Já se sabe que essas propriedades estão sendo comprovadas cientificamente, pelos benefícios para o cérebro e pela capacidade de promover o raciocínio claro e a memória, além do seu aroma fresco e mentolado auxiliar a combater a fadiga, elevar o ânimo, renovar o entusiasmo e aumentar a autoconfiança. Ainda possui propriedades antissépticas, tornando-se um forte aliado contra resfriados, gripes e infecções respiratórias.
· O alecrim pode ser obtido em uma ampla variedade de formas, incluindo: pó, chá, extratos e óleo essencial.
As diferentes formas de alecrim podem produzir efeitos diferentes. Os extratos diferem especialmente dependendo de como o alecrim é extraído e quais compostos são extraídos.
O chá de alecrim contém compostos que apresentam efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e antimicrobianos, capaz de combater fungos e bactérias patogênicas. Os dois compostos mais estudados no alecrim são o ácido rosmarínico e o ácido carnósico. Os estudos também investigaram os efeitos dos ácidos rosmarínico e carnósico no câncer. Eles descobriram que os dois ácidos podem ter propriedades antitumorais e até mesmo retardar o crescimento de células de leucemia, mama e câncer de próstata.
Os benefícios do alecrim para o cérebro são muitos, com muitas pesquisas realizadas sobre sua capacidade de proteger e melhorar a função cerebral. Um dos ingredientes por este efeito é o ácido carnósico, eficaz no combate aos radicais livres no cérebro. Curiosamente, este antioxidante não tem como alvo os radicais livres até que eles comecem a danificar as células cerebrais. Além de sua potente e seletiva capacidade antioxidante, o ácido carnósico também estimula o cérebro a produzir o “fator de crescimento nervoso” (NGF), fundamental para um cérebro e sistema nervoso saudáveis.
O extrato de alecrim pode melhorar o humor, promovendo um equilíbrio saudável das bactérias intestinais e reduzindo a inflamação no hipocampo, a parte do cérebro associada às emoções, aprendizado e memórias. Outra ação que muito nos interessa no alecrim é de aumentar os níveis de dopamina, de forma equilibrada, sem aumentar a ansiedade, deixando o cérebro mais focado.
Um dos principais constituintes do óleo essencial de alecrim é o fitoquímico 1,8-cineol. É este composto que tem sido pesquisado intensamente por sua capacidade de melhorar a memória, concentração, desempenho cognitivo e humor.
A utilização do óleo essencial de alecrim possui vários fins terapêuticos como: acne, anti-séptico, artrite, asma, dores nas costas, celulite, resfriados, prisão de ventre, caspa, depressão, diarréia, entusiasmo, fadiga, gripe, retenção de líquidos, dores de cabeça, memória, dores menstruais, enxaquecas, dores musculares, exaustão nervosa, cabelos oleosos, problemas respiratórios, autoconfiança, sinusite.
Um estudo publicado na revista “Therapeutic Advances in Psychopharmacology” foi realizado para avaliar as possíveis relações farmacológicas entre o 1,8-cineol absorvido após a exposição ao aroma de alecrim, desempenho cognitivo e humor. Os resultados mostraram, “que o desempenho em tarefas cognitivas está significativamente relacionado à concentração de 1,8-cineol absorvido após a exposição ao aroma de alecrim, com desempenho melhorado em concentrações mais altas”.
Na verdade, simplesmente cheirar o alecrim parece ser benéfico. Um estudo em 20 adultos jovens saudáveis observou que inalar o aroma de alecrim por 4 a 10 minutos antes de um teste mental melhorou a concentração, o desempenho e o humor.
O ácido rosmarínico é o composto responsável pelos efeitos analgésicos e anti-inflamatórios do alecrim. Em 2003, o “Journal of Rheumatology” publicou um estudo que analisou o ácido rosmarínico e sua capacidade de modular a resposta do sistema imunológico. O ácido rosmarínico ajudou na redução da hiperatividade encontrada nos tecidos imunológicos que resulta na artrite reumatoide e também reduziu o acúmulo de fluido nas articulações. Um estudo de 2008 do Departamento de Farmácia e Farmacologia da Universidade Estadual de Maringá, no Brasil, descobriu que o ácido rosmarínico reduz a inflamação e o acúmulo de líquidos, ao mesmo tempo que atua como analgésico. Por isso o alecrim também é muito utilizado para artrite.
Estudos demonstraram que os compostos do chá de alecrim podem regular o açúcar no sangue, sugerindo que o alecrim pode ter aplicações potenciais para controlar a glicemia em diabéticos. As pesquisas indicam que o ácido carnósico e o ácido rosmarínico podem melhorar a sensibilidade à insulina, melhorando a captação de glicose nas células musculares, reduzindo o açúcar no sangue.
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Referências: Shipley, Mary – Aromatherapy, for everyone.; Worwood, Valerie Ann – The Complete Book of Essential Oils and Aromatherapy; Balch, Phyllis – Prescription for Nutritional Healing, Clube da Rita Castro.